sexta-feira, fevereiro 29, 2008

CREIO NO QUE DEUS INSTITUI

Eu creio no que Deus institui, mas não creio em instituição. Deus está instituindo, hoje, aquilo que Ele sempre instituiu, conforme Jesus instituiu no caminho: Ele institui a verdade no coração. É só nisso que eu creio.

(Caio Fábio D'Araujo Filho, numa entrevista)

SINAIS DO REINO DE DEUS

Eu vejo sinais do Reino de Deus em pessoas e é só onde dá pra ver, porque o Reino de Deus não vem com visível aparência, não se dirá: "Ei-lo aqui! Lá está! Porque o Reino de Deus está dentro de vós".

Então, eu vejo sinais do Reino de Deus em amor, misericórdia, compaixão, solidariedade, graça, carinho, paixão pelo Evangelho, compromisso com a Verdade de Jesus, centralidade existencial absoluta em Cristo, desistência de qualquer outra forma de confraria que deseje ser uma complementação ao Evangelho. Eu vejo o Reino de Deus como marca do absoluto de Deus no coração das pessoas.

Onde eu enxergo isso, eu vejo o Reino de Deus, onde eu não enxergo isso, Você pode construir catedrais, torres, criar programas e organizações e ONGS pra salvar o mundo e levantar a bandeira cristã, mas, se não houver amor, nada disso aprovietará. Eu continuo a acreditar que se Você entrega o próprio corpo pra ser queimado, mas sem amor, pode ser que aquele que viu seu corpo ser queimado como uma troca pra que ele mesmo não fosse queimado, se beneficie e não vá pra fogueira, mas Você que deu o corpo pra ser queimado sem amor, virou apenas um churrasco... um churrasco sem nenhum significado.

(Caio Fábio D'Araújo Filho, numa entrevista)

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

CONVERSÃO A CRISTO É ISSO:

Conversão a Cristo é não ter mais absolutamente nenhum outro ponto de vista, que não venha do Evangelho; não ter nenhum outro ponto de partida, que não parta do Evangelho; não ter nenhum ponto de chão pra caminhar, que não seja o chão do Evangelho; não almejar nenhum outro ponto de chegada, que não seja no Evangelho; ou seja, conversão é estar impregnado do Evangelho, dando razão a Deus todo dia, num processo, que pode ter começado um dia, mas não terminará jamais, porque só terminará no dia em que, transformados de glória em glória, nós nos tornarmos conforme a semelhança de Jesus.

Conversão é renovar a mente todo dia; é ler este século e não nos conformarmos com ele; é ver mundo no mundo e ver mundo no que se chama igreja; é chamar de mundo não o ambiente fora das paredes eclesiásticas e chamar de igreja (não) o ambiente dentro das paredes eclesiásticas; conversão é saber que mundo é um espírito, é um pensamento, é uma atitude, que pode estar em qualquer lugar e está frequentemente nos concílios de um modo muito mais sofisticado do que está nos congressos políticos, explicitamente definidores de políticas pro mundo.

Conversão é manter a mente num estado de arrependimento constante, de metanóia, de mudança de mente, que, por vezes, acontece com dor; outras vezes, só pela consciencia que vai abraçando o entendimento e vai dando razão a Deus, vai dando razão a Deus, vai dando razão a Deus e vai dizendo: "Deus tem razão, a Palavra tem razão e , se ela tem razão, eu quero conformar minha vida com a verdade do Evangelho".

(Caio Fábio de Araújo Filho, numa entrevista)
(Grifo meu)

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Quero ser assim

Vidas vividas em Jesus, caminhando para cumprir o propósito do Pai, são orações que o Pai ouve, porque são vidas-orações em Nome de Jesus...

O que nasce delas caminha para ser o fruto do Espírito, pois o Pai tem compromisso em forjar nelas a imagem de Jesus.

São vidas-orações-que-dão prazer ao Pai, enquanto O adoram, vivendo o Amor, que Ele é.

São vidas-orações-que-abençoam as pessoas, enquanto vão amando-implantando o Reino de Amor por onde caminham.

São vidas-orações-que cumprem sua missão de levar as boas notícias do Reino, sendo elas mesmas as boas novas em pessoa...

... mostrando a Graça e a Soberania de Deus por onde vão, como vitrines que só existem nEle, por Ele e para Ele, em quem suas vidas-orações têm o Sim e o Amém, para o prazer do Pai.

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Quero ser assim...

sábado, fevereiro 16, 2008

IMPORTANTE DECIDIR

Conversamos, mais cedo, sobre a importância de decidir. Será que entendemos como é importante não sermos levados pela decisão de outras pessoas, mas termos cada um de nós a nossa decisão pessoal? É claro que isso se aplica a todas as áreas da vida, mas, especialmente quanto ao Reino de Deus, isso é de extrema importância.

O salmo 51 usa a expressão espírito voluntário. Isso diz respeito à sua vontade, à vontade do seu espírito. E o Salmista pede para Deus, no verso 12: "sustenta-me com um espírito voluntário". Diz respeito à sua vontade livremente submetida à vontade de Deus. E, no verso 10, o pedido é: renova dentro de mim um espírito inabalável. Só há um jeito de ter um espírito inabalável, independente de qualquer coisa que Você esteja vivendo: é usando sua liberdade de decidir, para submeter sua vontade à vontade de Deus.

Lembra-se? O Pai tem o sonho de ter filhos que lhe dêem prazer, como Jesus. Para isso, ele criou um plano imutável que vem se desenrolando desde antes da fundação do mundo. Quando criou todas as coisas, inclusive Você, o Pai tinha em mente cumprir este plano, realizar este sonho. Para os filhos que amou e escolheu antes de criar todas as coisas, o Pai preparou um Reino. E, para que possamos participar deste Reino que criou para nós, desde a fundação do mundo, o Pai entregou Jesus, o Cordeiro que foi imolado por nós. Ao dar-nos a fé e convencer-nos sobre a Justiça, o pecado e o juízo, Deus abriu para nós O Caminho para irmos para Ele e podermos realizar Seu sonho: Ele nos deu Jesus. Crendo nEle, somos filhos de Deus. E, caminhando nEle, poderemos dar prazer ao Pai, tornando-nos a cada dia mais parecidos com Jesus.

A principal decisão da minha vida é se quero pertencer a este Reino de Deus, crendo em Jesus, com a fé que o Pai me deu, e confiando nEle, como Dono e Senhor da minha vida, em tudo o que eu viver. TUDO.

A partir desta decisão, se ela for SIM, QUERO SER FILHO DE DEUS, tenho que, segundo a segundo, continuar me decidindo por viver no Reino de Deus, como filho, e depender do Pai para tudo e em tudo o que eu for viver... Sempre terei que decidir...

Deus não vai obrigar Você a nada. Ele quer sua decisão por Ele. Mas Ele quer que Você decida isso. E lhe deu Jesus, para que, decidindo-se pelo Reino de Deus, Você possa chegar ao Pai. Se Você nunca pensou nisso, pense. Se já pensou e já decidiu que quer viver no Reino de Deus, caminhe em Jesus, ouvindo ao Espírito, buscando conhecer ao Senhor, lendo os Evangelhos e perseverando em sua decisão de se tornar mais parecido com Jesus a cada dia.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

TENHO UM NORTE, SIM

Tenho um norte, sim. Sei quem sou e de onde vim. Sei em quem estou e para onde vou. Por tudo isso, devo estar alguns passos à frente da maioria das pessoas, que, mesmo sem se dar conta, vive procurando o sentido de existir.

Tenho um norte, sim. O que não me impede de, vez ou outra, olhar para o lado ou distrair-me do Alvo. E, mesmo assim, minha vida prossegue rumo a Ele, o que não me faz diferente de qualquer outro ser, porque caminhamos todos rumo ao mesmo fim.

Tenho um norte, sim. O que não me impede, outra vez, de fazer pausas para pensar e avaliar e repensar, reavaliando, o que estou fazendo, para onde estou indo e se vou chegar. E mesmo pensando e avaliando, só posso ter a certeza da fé que me deu o Doador. E isso me faz brilhar no meio das trevas ao redor e dentro em mim, porque a fé que recebi gera esperança... e a esperança brilha.

Tenho um norte, sim. Sei quem Ele é, em partes, mas sei: sei quem é pra mim. E sei que está aqui. E é a razão da minha vida, acima de qualquer outra razão. Minha essência. Caminho onde prossigo. Força que me impulsiona. E Lugar onde vou chegar. É o que me dá paz.

Tenho um norte, sim. E sei que meu Norte sabe quem sou, porque me sonhou. Sei que sabe como estou e não me evita, porque me amou e Se deu a mim, mesmo assim... E sei que Ele me quer mais que eu O quero. Isso me faz desejar perder minha vida na Vida dEle e viver envolvida, comprometida e fundida nEle... E isso me faz sorrir.

TEM SIDO DOLOROSO

Tenho percebido que, toda vez que o Pai Se mostra a mim, de uma forma mais pessoal e contundente, algumas coisas acontecem em seguida... Às vezes, passo alguns dias "arrebatada". Outras vezes, fico atônita, sem saber como prosseguir. Mas, estes períodos de êxtase não são nada, comparados com o que, via de regra, vem a seguir: o desmacarar de algo em mim. E é sempre muito doloroso. Tanto mais desta vez.

Entendo que, quando o Senhor vai me seduzindo e me fazendo desejar mais e mais e mais dEle, então, ao me aproximar, sempre digo que, mesmo que eu morra, quero conhecê-lO melhor. E é bem isso. Ainda não experimentei a morte física devido à proximidade do Senhor. Mas, até mesmo as fagulhas que saem dEle têm o poder de provocar morte em mim. Sempre, algo morre. E é sempre muito doloroso. Tanto mais desta vez.

Nunca estive tão desnorteada quanto agora. Porque tenho entendido sobre o Pai verdades que se chocam com as bases da minha vida. E, por receber estes toques do Pai, tenho entendido em minha vida coisas que se chocam com as verdades do Pai... E, não bastassem estes choques, vivo o momento em que partes de mim são desmacaradas, para serem massacradas e morrer... E tem sido muito mais doloroso desta vez.

No final das contas, fui eu quem disse que queria conhecê-lO melhor, mesmo que tivesse que morrer. Certamente, Ele me ouviu porque, mais que certamente, foi Ele quem colocou este desejo em mim. Ok. Tudo certo. O Deus terrível, que tem tudo sob controle e é terrivelmente zeloso em fazer cumprir Seu plano imutável, tem olhado pra mim e permitido que eu viva tudo isso. Que seja assim, então, mesmo que doa e não só desta vez...

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Um vírus perigoso

Tenho refletido sobre a maneira como a cruz pode me capacitar a não me importar com as críticas e maus tratos que, eventualmente, venha a receber de alguém. Não se trata de perdoar, mas de não se importar. Entendi que, como Jesus fez, colocar o cumprimento da missão da minha vida em primeiro lugar pode me ajudar e muito nisso.

Descobri, contudo, bem vivo em mim um outro desejo: o de conseguir ser indiferente às pessoas que me entristecem e, muito provavelmente, às pessoas que me entristecem porque estão muito próximas de mim.

Um alerta de vírus de alta periculosidade está piscando na minha mente, enviado pelo meu espírito, lembrando-me que o meu crescimento em Jesus está em risco, porque a indiferença é o oposto direto do amor. Não é ódio o contrário do amor, porque o ódio é uma paixão inflamada. O contrário do amor, que é decisão da vontade, é a indiferença, que é decisão da vontade. Posso decidir me tornar indiferente a alguém, em algumas situações, mas corro o risco de que o amor morra em mim, por causa disso.

Jesus foi indiferente a uma pessoa: Herodes, a quem não dirigiu nem uma palavra, nem um olhar de amor, nem um movimento de compaixão. E isso fazia parte do plano do Pai, que tinha que se cumprir. Mas esse não foi o padrão dos relacionamentos de Jesus. Mesmo com relação às pessoas que o incomodaram, àquelas que o fizeram indignar-Se, mesmo com o amigo que O traiu ou o discípulo que O repreeendia, sem entender Sua missão... com todos estes, Jesus teve gestos e postura de amor. E, até mesmo por Judas ou Herodes, Jesus morreu na cruz, autenticando não a indiferença, mas o amor. E a todos os que lhe causaram sofrimentos e dores inomináveis, Ele encerrou no amor, perdoando e falando deles ao Pai.

Sim: o que Jesus espera de mim é que eu ame, incondicionalmente. E incondicionalmente quer dizer sem condições, ou seja, até nos momentos em que a pessoa me causa tristeza ou sofrimentos. Xeque-mate. Morte à indiferença! Preciso amar. Preciso decidir amar, apesar de... Preciso decidir amar aos afegãos, aos índios, a todos os próximos-distantes, que não vejo, nem sinto. Mas, preciso me decidir a amar os próximos-bem-próximos, que, de tão próximos, esbarram em mim, muitas vezes. E amá-los como Jesus amou: de graça, sem projetar expectativas neles quanto ao que vão me devolver ou à forma como deveriam corresponder ao meu amor.

Diz respeito ao meu crescimento na caminhada em Jesus, que me levará a alcançar, um dia, o alvo de ser parecida com Ele. Então, preciso querer que seja assim e contar com a ajuda do Amigo Espírito para isso. Porque, de mim mesma, confesso: não tenho forças. Mas quero, mesmo que seja dificil...

domingo, fevereiro 10, 2008

SE ESTÁ TRISTE... CANTE????

Muitas vezes, uma pequena inversão num versículo bíblico pode impedir o que precisamos compreender, para crescermos o crescimento que provém de Deus. Sim, isso acontece muitas vezes!

Cansamos de ouvir exortações a que cantemos, sempre que estivermos tristes. Terá nascido daí o ditado popular que diz que "quem canta, seus males espanta"? Ou terão os intérpretes da Bíblia copiado a sabedoria popular? Não sei. Mas, preciso concordar que, quando cantamos, se as músicas cooperarem para isso, podemos melhorar as emoções que estamos sentindo. E vice-versa, também.

Tenho entendido, contudo, que ensinar ao filho de Deus que: "Quando estiver sofrendo... cante!" tem sido:
1. um engano, porque o que a Palavra diz não é isso;
2. um sério impedimento a que os filhos cresçam, porque, na maioria das vezes, não são nobres como os de Beréia e sequer procuram saber se o que está sendo ensinado, realmente, corresponde à revelação da vontade do Pai;
3. um paleativo para as emoções, porque, na maioria das vezes, Deus não quer espantar os males porque alguém cantou, mas quer que o caráter daquele que está sofrendo seja transformado naquela dor.


Entendo, por outro lado, que o Pai espera ser adorado em meio às tribulações que passamos, diariamente, em nossas vidas. Mas, adorar não é sinônimo de cantar. Entenda que, a menos que no seu cântico Você deixe seu coração se abrir totalmente e de, de dentro dele, possam sair palavras verdadeiras e verdadeiramente suas, é muito provável que Você apenas esteja repetindo palavras de uma canção que aprendeu e que, talvez, traduzam a adoração de outra pessoa, mas estejam, naquele momento, representando um "calmante", um paleativo emocional para Você suportar a dor, como a morfina, que não cura, mas encobre a dor.

O que está escrito é: "Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração.
Está alguém alegre? Cante louvores." (Tiago 5:13)

E, se Você olhar para Jesus, enquanto caminhava aqui na Terra como Homem, responda-me: Quantas vezes deixou o Espírito registrado nos Evangelhos que Jesus, comovido ou triste ou sofrendo, começou a cantar? Exclua o episódio da Ceia, onde cantou com os irmãos antes de saírem, e me diga: Quantas vezes?

Não me recordo de nenhuma que tenha ficado registrada. Mas, quando Jesus sofria dores, Ele falava com o Pai. Em frente ao sepulcro de Lázaro, Jesus chorou e falou com o Pai. Quando teve Seus piores sofrimentos emocionais, no Getsêmani, Ele falou com o Pai. Na cruz, sentindo dor, cansaço e abandono, Ele não cantou: Ele falou com o Pai.

Precisamos entender que podemos cantar mil canções sem sermos transformados. Mas, quando formos diante do Pai, em meio a qualquer situação, e abrirmos totalmente nosso coração, mostrando a Ele inclusive os sentimentos mais negativos e feios que houverem dentro de nós; quando falarmos do que estamos sentindo e do que pensamos a respeito do que está acontecendo; quando continuarmos falando, enquanto o Espírito nos trouxer à lembrança algo que possa nos dar esperança e, mesmo assim, ainda expressarmos ao Pai nossa verdade, seja ela dúvida, medo, conflito, incerteza, ira, desespero; quando, assim, nos despirmos diante dEle, há de abrir-se para nós uma porta, que, nem sempre, trará a solução para o problema que nos levou a conversar com o Pai, mas, invariavelmente, trará ao nosso espírito alívio e consolo e fortalecimento para passarmos pelo fogo ou pelas muitas águas, por fome, espada, nudez, humilhação, escassez ou seja o que for que nos esteja fazendo sofrer... receberemos dEle condições para estarmos contentes em meio a qualquer coisa, podendo passar por tudo, nAquele que nos fortalece. E, assim, cresceremos como o Pai quer.

Aliás, leia Tiago 5 e entenda que era disso que ele estava falando, quando chegou a concluir: eis que temos por felizes aqueles que perseveraram firmes. Tiago não disse que felizes são os que foram automaticamente livres do sofrimento porque cantaram, mas são felizes aqueles que permaneceram firmes no que crêem, mesmo em meio à tribulação. E, se a tribulação traz sofrimento, escreveu Tiago: ORE. E, se falar com o Pai lhe fizer lembrar-se de que o Pai, que é soberano e se quiser, pode livrá-lo; tem um plano a se cumprir em sua vida, através de processos que o transformarão na semelhança de Jesus, os quais Ele espera que Você atravesse contente, mesmo se estiver triste, e, para isso, pôs a alegria no Espírito Santo dentro de Você...; quando se lembrar disso, então : CANTE! Como Paulo e Silas, que ORAVAM na prisão e, certamente, entenderam que faziam parte do Plano Imutável do Pai que estava se cumprindo naquela geração e, então, alegres no Espírito Santo, CANTAVAM (Atos 16:25).

Se deixarmos, o Pai nos mostrará que Ele tem zelo em fazer cumprir o Seu propósito de ter para Si filhos, parecidos com Jesus, que O amem e, voluntariamente, queiram viver para Ele, no Reino que lhes foi preparado antes da fundação do mundo. Ele é terrivelmente zeloso para com isso e não apenas permitirá, mas conduzirá todo processo que for necessário na minha vida, na sua vida e na história da humanidade, para que cheguemos a alcançar este objetivo. Então, se Você está sofrendo, ore. Fale com o Pai e ouça o Pai. Como o salmista fez e deixou registrado no salmo 30. Ele estava sofrendo e clamou ao Senhor; e expôs para Ele as suas dúvidas; não fez uma mecânica confissão positiva, mas rasgou seu coração e deixou o Pai ver como estava lá dentro. É claro que o Pai já sabia, mas deixar o Pai ver traduz o espírito voluntário do filho em buscar socorro no Pai e é isso que o Pai quer formar em nós. Quando o salmista falou com o Pai, com sinceridade, algo aconteceu e seu pranto foi transformado em folguedos e ele entendeu que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer. E não importa quanto tempo demore esta noite de choro, porque o Pai cingiu o filho de alegria. E, vestido com esta alegria, o filho pode passar pela tribulação e pode passar por tudo, nAquele que o fortaleceu. E, então, o filho pode cantar louvores e não se calar e dar graças ao Pai para sempre. Não de uma forma mecânica, mas, certamente, escreverá com sua vida um salmo que terá nascido da verdade da sua vida entregue ao Pai. E poderá dizer a todos os filhos: dêem graças ao Senhor e salmodiem para Ele, porque a sua ira não passa de um momento, mas a Sua Graça dura a vida inteira.

Lembre-se: Paulo e Silas foram libertos da prisão, naquela ocasião. Mas João Batista foi degolado e Estevão, apedrejado. Como Jesus morreu na cruz. O interesse do Pai não é tirar Você do meio do fogo na hora em que Você cantar, na hora em que Você quiser. Ele quer que Você entenda que, se quiser, Ele pode tirar Você da fornalha, mas, se não quiser, pode deixar Você lá, porque é Deus. E, quando Você está no fogo, como o purificador da prata, Ele se assenta bem próximo a Você e lhe segura com força no meio do fogo mais forte, até que Ele perceba que aquele processo fez Você ficar mais parecido com Jesus. Então, do meio do fogo, fale sinceramente com o Pai, enquanto vive o processo de dor, que purifica. Fale com Ele, pois está assentado ao seu lado, esperando ver em Você a imagem de Jesus refletida naquela área do seu caráter. Quando Ele enxergar isso, confie: Você será feliz, porque perseverou e estará um pouco mais perto de atingir o alvo de sua caminhada em Jesus, que é o de ficar parecido com Ele...

Entenda isso e, então, alegre, cante!!! O Pai merece o seu louvor!

sábado, fevereiro 02, 2008

DADÍ E O DAD

Hoje, recebi uma visita gostosa, daquelas que poderiam durar um mês inteiro. O pequeno Davi, que a si mesmo se chama "Dadí", só por charme, veio me ver. Ele é filho dos meus amigos de caminhada no Reino e, freqüentemente, aprendo muito com este amigo e, juntos, aprendemos muito do Espírito. Mas, hoje, não foi o pai quem me ensinou: foi o filho.

Como filho que cresce ouvindo o pai tocar violão, "Dadí" é fascinado pela música, ama o barulho da bateria do teclado e se diverte modificando os sons dos instrumentos, quando não está sentado, no sofá ou no chão, tocando um violão maior que ele.

E a tarde passava assim, quando resolvemos, eu e ele, dançar. Balançamos ao som de cada rítmo e, é claro, o rock era a preferência dadional. Ensinei o pequeno a girar segurando minha mão e fizemos isso de novo, de novo e de novo e de novo...!!! Tudo ia tão bem, até que o pai chegou na porta e ficou olhando.


O que Você acha que aconteceu? "Dadí" parou de tocar e dançar, enrubescido?


Qual o quê! Ele começou a tocar com um sorriso vibrante e orgulhoso e me olhava pela lateral, com um dos olhos mais apertados que o outro. E eu entendia a mensagem, é claro: "meu pai está me vendo!" Parei de bater balmas e dançar quando ouvi uma vozinha doce e baixa, compondo uma canção que se ajustava no ritmo que vinha do teclado: "Papai pode ver! Papai pode ver!".

Sem perceber isso, o pai se afastou, para ver a mamãe e o filho protestou: "papai, pode ver!!!". Já indo, o pai respondeu, fazendo um sinal com a mão levantada e se foi. O menino parou imediatamente o que estava fazendo e me pediu para sentar no sofá, explicando: "papai disse espera." Na verdade, o pai não disse; foi apenas um sinal com a mão, que o filho entendeu e atendeu. E eu e ele ficamos, por muito tempo, sentados no sofá, esperando. As mãozinhas, muitas vezes, começaram a bater um barulho no violão, mas, se eu tentava acompanhar, ele repetia; "papai disse espera." E... ponto final.

Aprendi muitas lições com Davi. Os poucos minutos em que sorrimos juntos me fizeram muito bem. As coreografias e os barulhos que inventamos nos divertiram muito. Mas, mais que tudo isso, Davi me mostrou que, para um filho, o olhar do pai é muito importante. "Papai pode ver!" não significava somente que ele estava autorizando o pai a ver, mas que sabia que estava ao alcance dos olhos do pai. E isso lhe dava um sorriso confiante. E, como o olhar do pai era bom, o filho se alegrava em alegrá-lo...

Pensei que quero ser assim, com meu Pai do céu. A consciência de que "Papai pode ver!" deveria encher meus dias de alegria confiante e desejo-certeza de agradá-lo com a minha vidinha cotidiana... As coisas que eu gosto de fazer e podem parecer sem sentido às pessoas, eu deveria fazê-las, sorrindo para Ele, sabendo que Seus olhos me alcançam, sempre.

Ah... e como eu quero saber quando o Pai fez um simples movimento, mandando esperar, e ser pronta assim, para ficar o resto da vida, se necessário, esperando que Ele me libere o próximo movimento, sem me importar com a pressão da vida que continua ou de quem quer que esteja ao meu lado, dizendo o contrário. Papai pode ver e eu quero agradá-lO! Se é assim, esperar ou dançar têm a mesma importância, desde que seja a vontade dEle para mim...

Sabe, Davi, o Reino dos Céus é das crianças, por essas e outras. Que Você cresça assim, fazendo a gente crescer, também! Sabe, meu amigo, pai do Davi, entendi que Você tem um filho que passa o dia inteiro esperando seu olhar chegar à porta, para vê-lo e se alegrar... ou para acenar a ele, dizendo seja o que for, porque ele vai entender e respeitar os movimentos do pai que ama e quer agradar.